Chegou a hora de na televisão dar as noticias do país e do mundo, mas eu há algum tempo para cá tenho optado por escolher não ver e ter uma atividade mais relaxante e ler o livro de OSHO "Bem estar emocional - transforme as suas emoções negativas em energia criativa" da editora Pergaminho.
Neste sentido quero partilhar com vocês o que estou a ler.
Nesta passagem do livro é descrita uma pergunta ao qual o autor responde à mesma.
"Será possível agir a partir da cabeça e do coração juntos ou ambos terão de permanecer em completo divórcio? Teremos de tomar uma decisão consciente por uma ou por outra via?" (pág.79)
" (...) A sociedade determinou que a cabeça fosse considerada o amo e o coração o seu servo, porque a sociedade é uma criação da mente e da psicologia masculina. O coração é feminino e, tal como os homens escravizaram as mulheres, a cabeça tem feito do coração o seu escravo. Podemos reverter a situação: o coração pode tornar-se o amo e a cabeça pode passar a ser a sua escrava. se tivéssemos de escolher entre as duas hipóteses, se a isso fossemos obrigados, então seria melhor escolher o coração como amo e a cabeça como serva. Existem coisas das quais o coração é incapaz e o mesmo vale para a cabeça. A cabeça não pode sentir o amor, não pode simplesmente sentir, é insensível. O coração é incapaz de ser racional, razoável. É por isso que ao longo dos tempos têm estado sempre em conflito um com o outro. (...) A verdade está para além de ambos, existe na sua consciência, que não pertence nem à cabeça nem ao coração. Porque está separada de ambos, pode utilizar os dois em harmonia." (pág.79/80)
Adoro os livros deste autor.
Considero perfeitamente verdade que é a nossa consciência que é o comandante dos dois, da cabeça e do coração. Através da meditação isso é possível, temos de estar conscientes para conseguirmos escolher as qualidades superiores de cada um consoante a situação.
Osho diz que a cabeça tem olhos mas não tem pernas, que o coração não tem olhos mas tem pernas e que a consciência tem os dois, olhos e pernas para podermos alcançar um caminho interior mais harmonioso.
Como diz Osho, é fundamental haver uma reestruturação do nosso interior. se tivermos consciência e estarmos atentos aos nosso pensamentos eles irão desaparecer e se relação às nossas emoções/expressão de sentimentalidade acontecerá o mesmo. o nosso coração deverá ser tão inocente como o de uma criança. Temos de ser observadores do que está dentro de nós, vendo passar as coisas, situações sem nos apegarmos a elas.
Termino com uma pequena história que ilustra o acabei de escrever.
"Já narrei uma vez a história de mendigo cego e de um mendigo aleijado que viviam na floresta nas imediações de uma aldeia. É claro que eles competiam entre si e eram inimigos porque, afinal, a medicância é um negócio. um dia, houve um incêndio na floresta. O mendigo aleijado não tinha maneira de fugir porque não se podia movimentar sem ajuda. Ele tinha olhos para ver o caminho pelo qual podiam escapar às chamas, mas de que nos serve os olhos quando não temos pernas? o mendigo cego tinha pernas e podia mesmo correr; porém, como poderia ele descobrir os locais onde o fogo ainda não tinha chegado? o mais provável é que os dois morressem queimados. A sua situação era de tal modo aflitiva que eles puseram imediatamente de lado o seu antagonismo - era a única maneira de ambos sobreviverem. O cego transportava o aleijado às costas e ambos escaparam do incêndio. um deles via e o outro caminhava seguindo as instruções do primeiro" (pág.81 do mesmo livro)
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