Pelo caminho, apareceu Mara, a corporização do auto-engano, para o enganar e que voltasse a ter aquela vida despreocupada e de luxo porque iria se tornar o rei de todo o mundo. Bodhisattva respondeu "E bem sei que o que dizes não é verdade, Não é o governo deste mundo que eu procuro mas sim tornar-me um buda a fim de sarar o seu sofrimento." (p.27)
Entretanto, despediu-se do seu cocheiro dizendo "Chandaka (...) entrei na vida de simplicidade, a fim de procurar a verdade por amor de todos. É tempo de pegares em Kanthaka e voltares para Kapilavastu e para meu pai." (p.27)
O cocheiro tentou dissuadir o principe, mas em vão. Pegando na espada do cocheiro cortou o cabelo, e trocou o seu manto de seda por uma túnica simples de um caçador que por ali passava. Estava igual a um medicante, e despediu-se do cocheiro.
Ao longo dos dias, aprendeu a mendigar comida. O principe, como alguém da realeza, estava habituado a bons pratos, e no início era quase incapaz de por à boca os restos de comida que lhe colocavam no saco das esmolas, mas com o tempo foi-se habituando, não só à comida como também a dormir no chão.
Começou a pensar que ira necessitar da ajuda de um mestre. Encontrou Arada, e este ficou impressionado com Bodhisattva e concordou em ajudá-lo em transmitir o que sabia. Passado algum tempo o mestre afirma que nada mais tem para ensinar, mas Bodhisattva sentia-se ainda longe da libertação. Agradecer a Arada, seguiu caminho.
Foi então à procura de outro mestre. A doutrina de Rudraka era mais complexa.
Pouco tempo depois, Gautama atingiu o nivel final e verifica que ainda está longe da libertação.
Gautama não aceitando o convite de liderar a comunidade de Rudraka, continuou o seu caminho.
Ao longo da sua viagem, observava muitos homens santos a realiazar jejum, retenção da respiração, ou até fazer meditação ao sol, dentro de um circulo de fogo. Verificou que estas pratica era que a pessoa fosse sujeita a esforço dor sofrimento como forma de dominar os desejos. Como até agora ainda não tinha alcançado a libertação, realizou também ele este tipo de práticas.
A noticia de um principe que tinha virado medicante e que levava uma vida de sacrificio espalhou-se rapidamente e e alguns seguidores juntaram-se a ele.
Passados seis anos destas prática, Gautama aproximava-se da morte. Estava demasiado fraco.
Com a ajuda da filha do principal vaqueiro da vila, foi-se banhar no rio e depois sentou-se debaixo da sombra de uma árvore, repousando até o calor do dia passar.
Depois sentiu-se com um forte sentimento de decisão. Levantou-se, atravessou o rio e um ceifeiro que encontrou pelo caminho ofereceu tufos frescos de erva. Encontrou uma árvore e preparou um assento com a erva oferecida e decidiu fazer um voto de não se mexer até que não tivesse atingido a iluminação.
Mara, a corporização do auto-engano que antes já tinha aparecido, voltou a falar com Bodhisattva mas desta vez disfarçada de deus de amor. Tentou atingi-lo com monstros, gnomos, línguas de fogo, mas nada fazia com que Gautama se mexesse daquela posição sentada de pernas cruzadas. Mara, derrotado, decidiu-se afastar.
Bodhisattva começou a meditar passando pelos quatro níveis de meditação.
No primeiro nível "Viu que a condição da velhice, da doença e da morte era o nascimento (...).Viu que a mente-corpo e a consciência condicionaram-se uma à outra para criar um sentimento rudimentar do eu. Viu que a condição da consciência eram os impulsos volitivos e finalmente que a condição dos impulsos volitivos era a ignorância." (p.32).
Na segundo nível, "Viu os seres a nascer e a morrer em consonância com o Karma, as leis da causa e efeito." (p.33)
No terceiro e quarto nivel, foi dedicado a tentar arrancar o sofrimento de todas as situações vistas e sentidas.
"No final da terceira vigília, aos primeiros alvores da aurora, o Bodhisattva viu através do derradeiro traço de ignorância em si mesmo. Assim atingiu a iluminação total e completa e tornou-se no Buda." (p33)
Começou então a ensinar o Dharma.
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