"Noutra ocasião em que saía na sua carruagem, ao lado da estrada Siddhartha viu um homem sofrendo de doença. Tinha a pele emaciada e pálida. Partes do corpo encontravam-se inchadas e outras mostravam-se cobertas de crostas. Estava apoiado a outro homem e ocasionalmente emitia piedosos gritos de dor. Quando Chandaka explicou a Siddhartha o que era a doença, em vez de prosseguir com o seu passeio, o príncipe regressou ao palácio, profundamente perturbado.
Numa terceira ocasião em que seguia na carruagem, o príncipe encontrou um cortejo fúnebre. Viu um cadáver deitado numa maca seguido por parentes abatidos, carpindo, rasgando as roupas e cobrindo-se de cinzas. Pediu a Chandaka que lhe explicasse este horrível espectáculo. 'Meu príncipe, não sabeis? Este homem deitado na maca está morto. A sua vida chegou ao fim. Os seus sentidos, sentimentos e consciência partiram para sempre. Tornou-se como um tronco morto ou uma meda de feno. Os parentes que cuidaram dele e o acarinharam durante a vida nunca mais o voltarão a ver. Sem excepção, tudo quanto nasce deve morrer.'
Em profunda angústia, o príncipe ordenou a Chandaka que regressasse ao palácio.
Numa quarta ocasião, quando o bodhisattva viaja na carruagem com Chandaka, encontrou um mendigo bem disposto, de uma alegria serena e radiante. Siddhartha ficou impressionante com esta visão e interrogou Chandaka sobre o homem.
Chandaka respondeu : este é um homem santo que renunciou à vida do mundo e passou a levar uma vida de simplicidade, sem lar. estes mendicantes sem lar devotam-se a actividades espirituais, como a meditacao ou a prática de austeridade. Não possuem bens mas vagueiam de lugar em lugar, mendigando a sua comida diária. '
Profundamente pensativo, o príncipe regressou ao palácio.
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