segunda-feira, 20 de abril de 2015

Eu sei que tenho uma missão, mas qual?

Eu sei que tenho uma missão, mas qual?
Esta pergunta tem surgido há um tempo para cá.
Não sei qual é, mas estarei receptiva para o que for.
Acho que toda a gente nasce com alguma coisa destinada. A missão poderá ser para uma vida, pode ser para uma semana e alterar na outra, pode ser diária.
pode até ser mudar a minha maneira de ver a vida, em comparação com a que tive em vidas passadas.
Estou a ler o livro "A décima revelação - Guia experimental" de James Redfield e Carol Adrienne e encontrei hoje um texto que falava sobre isto, que passarei a transcrever para partilhar com vocês e poder ajudar aqueles que tenham a mesma dúvida que eu. 
Será que esta é a resposta à minha pergunta? Acho que sim, ajudou-me a reflectir sobre isso.
A transcrição poderá ser extensa mas vale apena ler.

"Sei que tenho uma missão, mas como posso tornar-me consciente dela?
Como alma em processo de crescimento, a sua missão é aperfeiçoar a sua capacidade de amar; porém, temos tendência para tentar tornar as coisas mais complicadas. São quatro as ideias comuns que tendemos a ter acerca da 'missão da vida'. A primeira é que essa missão ou finalidade da vida existe algures, fora de nós, e está à espera de que a descubramos. A segunda é que a finalidade da nossa vida é uma actividade específica e designável. A terceira é que, assim que tivermos essa finalidade a nossa verdadeira vida começará. E a quarta é que, provavelmente, precisamos de fazer alguma coisa para nos modificarmos, a fim de encontrarmos ou merecermos essa missão. Sem a certeza dessa actividade definida e designável, dizemos em geral 'Estou tão confuso. Não sei qual é a minha missão. Não sei em que é que sou bom'. (...)

1 - Motivação interna
Em primeiro lugar, a sua missão existe dentro de si, sob a forma das suas inclinações naturais, dos seus desejos e das suas motivações. Repare naquilo que gosta de fazer. Que actividades lhe dão alegria e satisfação? Que fazia durante horas a fio, quando era miúdo? Apenas para se divertir, escreva num papel todas as actividades a que se dedicava em criança ou que agora lhe dão prazer. (...) Faça uma lista de todos os interesses e talentos que possui e analise por que gosta tanto dessas coisas. Se trabalhar em harmonia com essas motivações, estará a viver um parte da finalidade da sua existência. (...) a sua finalidade está dentro de si. Observe cuidadosamente para o quê e para onde vai a sua atenção.

2- Encontrar e viver a sua finalidade é um processo, não um resultado final
A segunda ideia é que a finalidade é uma ocupação designável. Em regra, a maior parte das pessoas pensa que a sua finalidade se apresenta sob o invólucro de uma carreira (...). Pense na possibilidade de o objectivo da sua vida ser aprender a ser mais compassivo, na sua resposta a todos os seres humanos. A sua finalidade pode consistir em ser um mestre de uma determinada criança, criar um indústria ou ser o pilar da sua família. Aperceber-se de que a finalidade da sua vida é algo que é relevado ao longo da sua viagem existencial abre o seu coração à aceitação de que tudo o que vem ter consigo faz parte da sua finalidade e não é apenas uma coisa que faz para ganhar a vida.

3 - Não se espera
Não é útil partir do princípio de que, enquanto não encontrar a sua finalidade, a sua vida está suspensa ou é insignificante. O momento presente é o único que tem para trocar completamente a vida e ser tocado por ela. Nenhuma ideia abstrata de êxito e realização pode substituir a série incrível de experiências que cada dia lhe traz. Procure a finalidade dos acontecimentos de cada dia e confie em que está exactamente no lugar onde precisa de estar. Deixe de lado os esforços e a confusão para encontrar a sua finalidade, mas mantenha a intenção de que ela lhe seja revelada. entregar-se ao calendário da vida e gozar plenamente o presente pode ser a coisa mais libertadora que faz.

4 - Você é um sistema auto-organizador
A sua finalidade está a revelar-se gradualmente. Não ajuda nada manter a atitude de que algo está errado ou de que tem de se modificar, para encontrar o seu destino. A sua orientação está dentro de si e actua a todo o momento. O desejo da sua alma de ser parte do mundo atrairá a si as oportunidades necessárias para que a finalidade se revele. Compete-lhe: 1)manter-se atento ao seu fluxo de energia interior; 2)prestar atenção ao que acontece naturalmente; 3)fazer o trabalho que é seu; 4) confiar em que lhe será dado aquilo de que precisa fazer o seu trabalho. Um rosa não se interroga sobre se pode ou não desempenhar as funções de uma rosa. Um castor não tenta ser um mocho. Como professor budista Jack Kornfield diz (...) 'em muitas tradições espirituais, existe apenas uma pergunta importante à qual há que responder: Quem sou?Quando começamos a responder-lhe, ficamos cheios de imagens e ideias - as imagens negativas de nós próprios, que desejamos mudar e aperfeiçoar, e as imagens positivas de um grande potencial espiritual; contudo o caminho espiritual tem menos que ver com modificarmo-nos do que com prestarmos atenção aos princípios fundamentais do nosso ser. A carta escrita de Seatle, Washington, por Pat Brady Waslenko para The Celestine Journal diz o seguinte: Por vezes, os resultados do crescimento espiritual são subtis, sem modificações concretas e altamente visíveis que afirmem que estamos no caminho certo. Para aqueles que têm uma auto-estima deficiente, é fácil pensar que estamos a agir mal ou que não merecemos que nos aconteçam facilmente coisas boas. Sou daqueles em cuja vida as  promessas se materializam lentamente e a níveis subtis. Existem duas técnicas que muito contribuem para me fazer avançar no meu processo evolutivo: 1) lembrar-me de que, desde que esteja inteiramente disposto a fazer a vontade de Deus, todos os meus actos são sagrados, É por isto, mais do que por resultados, que sou responsável; 2)analisar a minha semana e fazer uma lista, às sexta-feiras à noite, de todas as sincronicidades que experimentei. Sem este esforço consciente, muitas dádivas passariam despercebidas."  (pag.59-61)



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