Estou de volta com mais um exercício de reflexão sugerido no livro de Gustavo Santos "Arrisca-te a viver".
Viagem, viagem, não será a nossa vida uma viagem da qual temos de ser só nós o comandante, o piloto principal dessa viagem?
"Imagina que a tua vda é essa viagem e que tu, do primeiro aos últimos segundos de vida, tens ao teu dispor um avião equipado com todo o espaço do mundo, com todos os meios de navegação possíveis e imaginários e que todos os meios de navegação possíveis e imaginários e que com ele poderás fazer as escalas que quiseres, voar da origem a todos os destinos que possas escolher e levar contigo as pessoas que bem entenderes.
Estás pronto para descolar? Então começa por desenhar um avião numa folha branca de papel, onde tu estarás no centro de todas as operações, como o comandante dessa aeronave.
Já está? Muito bem. Nesta altura já recolheste o trem de aterragem e estás a subir lentamente até alcançares a altitude recomendada. Vais, por isso, aproveitar para dividir o teu avião em três partes: o cockpit, onde já estarás confortavelmente instalado, a classe executiva e a turística. Muito bem, de seguida, e porque já ligaste o piloto automático, vais olhar à volta e ver quem está no cockpit contigo. Levantas-te e vais fazer o mesmo, cruzando o avião de lés a lés, olhando, minuciosamente, para quem levas contigo nessa viagem, seja em primeira classe ou na segunda. Concluído que está o passeio, recolhes ao teu posto de comandante e olhas para o dossie das instruções de voo. Ele diz o seguinte:
- no cockpit devem viajar todas as pessoas que amas e a quem permites ter influência nas tuas escolhas e, por consequência, na tua vida
- na classd executiva devem viajar aquelas pessoas com quem te identificas ou amas, mas que não lhes permites ter qualquer influência na tua vida
- na classe turística devem viajar todas as pessoas que apenas passam pela tua vida e a quem não atribuis qualquer significado especial.
Lembras-te de quem está à tua volta, fechado na cabina contigo e pronto para assumir o controlo da tua vida se, por momentos, fraquejares, entenda-se, perderes o amor próprio, a estima e a confiança em ti? Lembras-te de quem viste na executiva e na turística? Estarão as pessoas certas nos lugares certos?
As pessoas certas nos lugares certos do teu avião é condição obrigatória para poderes rumar à tua felicidade e é por isso que o 'seres prioritário' se torna tão valioso. Quando te assumes como o único protagonista da tua vida, podes fazer todas as escolhas possíveis e imaginárias, podes delegar quem conheces para onde quiseres e em qualquer momento da tu vida. De facto, há gente que tem os seus lugares muito mal distribuídos e depois, culpam os outros por tudo aquilo que lhes acontece, não se dando ao trabalho de se questionarem quanto às escolhas que fizeram. As pessoas não entram no nosso cockpit à força, nós é que as metemos lá dentro e uma vez ao nosso lado, incorremos num leque enorme de riscos desnecessários, típicos de quem tem por hábito desvalorizar quem é e a oportunidade que teve de aqui estar.
Quando somos a nossa prioridade somos, igualmente, os únicos responsáveis por tudo aquilo que nos acontece e talvez seja por isso que esta ideia amedronta tanta gente. É que não ter ninguém para culpar é um problema(...).
(...) Posto isto, reconheces alguém a mais no teu cockpit? Nome e porquê?
O que é que podes fazer para tirá-la de lá?
Existe alguém que mereça um upgrade para o teu cockpit? Nome e porquê?
Que acções podes ir tomando no sentido de lhe dar a entender o prémio do seu mérito?
Assegura-te de que levas contigo e ao teu lado quem consideras, verdadeiramente, importante. Boa viagem."
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