Duas vezes por mês costumo frequentar sessões de meditação em grupo, por vezes corre melhor do que outras depende dos participantes. Pessoas que partilham as suas histórias, mas que acabam por se centrarem nelas, não deixando os outros expressarem as suas histórias. Já aconteceu em algumas vezes, mas quem orienta a sessão têm a noção daquilo que está a acontecer e tenta envolver as restantes pessoas, quebrando de forma educada a conversa demasiado longa da pessoa em questão. Falo nisto agora porque continuo a ler o livro de James Redfield "A visão celestina" e estou num capítulo que fala disto e que partilho com vocês, porque podem ter já tido alguma experiência semelhante à minha. Gosto destas sessões de grupo quando as pessoas falam todas num género de conversa envolvente, focando todas as histórias, todos os sentimentos dos elementos do grupo, e não só a uma em particular. Caso contrário sinto a energia a diminuir.
"Imagine o que acontece quando os membros de um grupo estão todos a interagir desta maneira intencional. Cada pessoa se centra no melhor eu, no génio, na luz nos rostos de todos os outros, e eles devolvem-lhe todos esse olhar. (...) Quando a primeira pessoa começa a falar, todos procuram e encontram a expressão do eu superior no seu rosto e começam a concentrar-se nele, enviando-lhe amor e energia. O resultado é que a pessoa sente um fluxo de energia proveniente dos outros membros do grupo e atinge uma sensação mais elevada de bem-estar e clareza. Isto leva a um efeito de estufa dentro do grupo, uma vez que o orador a quem está a ser dada energia a soma à sua própria energia e devolve a combinação que daí resulta aos outros, que sentem uma energia ainda maior para devolver. Deste modo, a energia do grupo combina-se num ciclo crescente de ampliação. (...) Ligar-se a esta energia divina e ampliá-la é o verdadeiro objectivo de nos reunirmos em grupos. (...) Uma vez reunidos, cada um se certificaria de que estava centrado e ligado interiormente ao amor e energia divinos. Por outro lado, cada pessoa teria consciência da verdade global da sua vida e das perguntas actuais e viveria num estado de expectativa, aguardando a sincronicidade.
No momento em que alguém começasse a falar, os membros centrar-se-iam intencionalmente na expressão do eu superior detectável no rosto do orador. Desse modo, saberiam que estavam a enviar deliberadamente amor e energia para elevar essa pessoa. Quando o primeiro orador acabasse de intervir, a energia passaria a concentrar-se naturalmente noutra pessoa. Quando essa mudança ocorresse, a maioria dos membros do grupo sentiria uma certa acalmia, em termos de energia. Mas a pessoa a quem caberia falar a seguir sentiria um acesso de inspiração, no momento em que na sua mente entrasse uma ideia, uma verdade. (...) Esta transição de um orador para outros pode ser difícil porque duas pessoas ou mais podem desejar falar ao mesmo tempo. (...) Quando uma ideia inoportuna é introduzida à força na conversa, o grupo sente um decréscimo suave de energia e percebe que o novo orador mudou de assunto, sem que houvesse razão para isso. (...) O desejo de estar na ribalta verifica-se quando um membro que está a usar a palavra o faz durante mais tempo do que seria apropriado. Em geral, as coisas passam-se assim: cada membro tem a intenção de enviar o máximo de energia possível a todos os outros. Depois, quando a energia começa naturalmente a ser transferida para outra pessoa, o orador não repara nisso e continua a expor as suas ideias, pensando noutras coisas a dizer, não obstante a menor atenção que o grupo lhe presta. Os outros membros têm a noção de que o grupo saiu do seu melhor fluxo e tornam-se, em regra, inquietos. Quando a pessoa fala, é cumulada de energia e elevada. Se este for um estado a que a pessoa não possa ter acesso quando está sozinha, hesitará em renunciar a ele porque lhe sabe bem receber a energia do grupo. Assim, arrasta o seu discurso, na esperança de conseguir reter a atenção e a energia dos outros durante tanto tempo quanto possível. Este tipo de insegurança é comum e significa apenas que a pessoa em questão deveria voltar a trabalhar para reforçar a energia interior e exercitar-se a dar energia, em vez de a receber. (...)
Outro problema que pode acontecer aos grupos ocorre quando a energia do grupo passa para um determinado membro que não aproveita a sua vez para falar. Mais uma vez, isto pareceria uma descida de energia, uma pausa de fluxo. O grupo poderia ter estado entregue a uma conversa perfeita, que se prolongou durante muito tempo, quando, como é habitual, a energia do presente orador começou a diminuir e mudou para outra pessoa - só que essa pessoa ficou calada. Os membros olham uns para os outros, confusos, ou talvez alguém identifique efectivamente a pessoa que deveria estar a falar e olhe na sua direcção, mas continue a não acontecer nada. A pessoa mantém-se em silêncio. (...) ao temos consciência destes perigos para a dinâmica do grupo, podemos também aprender a evitar esses problemas. Qualquer mau funcionamento da dinâmica de grupo pode ser superado de uma maneira eficaz se os seus membros se mantiverem atentos e discutirem francamente quaisquer dificuldades que detectem. (...) Se não faz presentemente parte de um grupo, pode chegar uma altura da sua vida em que a sua pergunta se torna 'Como posso encontrar um grupo?' Nesse momento, mantenha-se atento e a sincronicidade colocará o grupo certo no seu caminho." (pag.131-137)
"Imagine o que acontece quando os membros de um grupo estão todos a interagir desta maneira intencional. Cada pessoa se centra no melhor eu, no génio, na luz nos rostos de todos os outros, e eles devolvem-lhe todos esse olhar. (...) Quando a primeira pessoa começa a falar, todos procuram e encontram a expressão do eu superior no seu rosto e começam a concentrar-se nele, enviando-lhe amor e energia. O resultado é que a pessoa sente um fluxo de energia proveniente dos outros membros do grupo e atinge uma sensação mais elevada de bem-estar e clareza. Isto leva a um efeito de estufa dentro do grupo, uma vez que o orador a quem está a ser dada energia a soma à sua própria energia e devolve a combinação que daí resulta aos outros, que sentem uma energia ainda maior para devolver. Deste modo, a energia do grupo combina-se num ciclo crescente de ampliação. (...) Ligar-se a esta energia divina e ampliá-la é o verdadeiro objectivo de nos reunirmos em grupos. (...) Uma vez reunidos, cada um se certificaria de que estava centrado e ligado interiormente ao amor e energia divinos. Por outro lado, cada pessoa teria consciência da verdade global da sua vida e das perguntas actuais e viveria num estado de expectativa, aguardando a sincronicidade.
No momento em que alguém começasse a falar, os membros centrar-se-iam intencionalmente na expressão do eu superior detectável no rosto do orador. Desse modo, saberiam que estavam a enviar deliberadamente amor e energia para elevar essa pessoa. Quando o primeiro orador acabasse de intervir, a energia passaria a concentrar-se naturalmente noutra pessoa. Quando essa mudança ocorresse, a maioria dos membros do grupo sentiria uma certa acalmia, em termos de energia. Mas a pessoa a quem caberia falar a seguir sentiria um acesso de inspiração, no momento em que na sua mente entrasse uma ideia, uma verdade. (...) Esta transição de um orador para outros pode ser difícil porque duas pessoas ou mais podem desejar falar ao mesmo tempo. (...) Quando uma ideia inoportuna é introduzida à força na conversa, o grupo sente um decréscimo suave de energia e percebe que o novo orador mudou de assunto, sem que houvesse razão para isso. (...) O desejo de estar na ribalta verifica-se quando um membro que está a usar a palavra o faz durante mais tempo do que seria apropriado. Em geral, as coisas passam-se assim: cada membro tem a intenção de enviar o máximo de energia possível a todos os outros. Depois, quando a energia começa naturalmente a ser transferida para outra pessoa, o orador não repara nisso e continua a expor as suas ideias, pensando noutras coisas a dizer, não obstante a menor atenção que o grupo lhe presta. Os outros membros têm a noção de que o grupo saiu do seu melhor fluxo e tornam-se, em regra, inquietos. Quando a pessoa fala, é cumulada de energia e elevada. Se este for um estado a que a pessoa não possa ter acesso quando está sozinha, hesitará em renunciar a ele porque lhe sabe bem receber a energia do grupo. Assim, arrasta o seu discurso, na esperança de conseguir reter a atenção e a energia dos outros durante tanto tempo quanto possível. Este tipo de insegurança é comum e significa apenas que a pessoa em questão deveria voltar a trabalhar para reforçar a energia interior e exercitar-se a dar energia, em vez de a receber. (...)
Outro problema que pode acontecer aos grupos ocorre quando a energia do grupo passa para um determinado membro que não aproveita a sua vez para falar. Mais uma vez, isto pareceria uma descida de energia, uma pausa de fluxo. O grupo poderia ter estado entregue a uma conversa perfeita, que se prolongou durante muito tempo, quando, como é habitual, a energia do presente orador começou a diminuir e mudou para outra pessoa - só que essa pessoa ficou calada. Os membros olham uns para os outros, confusos, ou talvez alguém identifique efectivamente a pessoa que deveria estar a falar e olhe na sua direcção, mas continue a não acontecer nada. A pessoa mantém-se em silêncio. (...) ao temos consciência destes perigos para a dinâmica do grupo, podemos também aprender a evitar esses problemas. Qualquer mau funcionamento da dinâmica de grupo pode ser superado de uma maneira eficaz se os seus membros se mantiverem atentos e discutirem francamente quaisquer dificuldades que detectem. (...) Se não faz presentemente parte de um grupo, pode chegar uma altura da sua vida em que a sua pergunta se torna 'Como posso encontrar um grupo?' Nesse momento, mantenha-se atento e a sincronicidade colocará o grupo certo no seu caminho." (pag.131-137)
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